EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA

Nos meus tempos de juventude, os prédios eram baixos e dominados pelos campanários das igrejas e pelas chaminés das fábricas. E era nesses locais que as cegonhas iam fazer os ninhos. Estavam perto e, ao mesmo tempo, longe dos humanos, controlando-os lá do alto.
«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» e os prédios foram-se tornando cada vez mais altos. E algumas chaminés não cresceram o suficiente.
As cegonhas deixaram de migrar, tornaram-se sedentárias e vão-se multiplicando, como se pode ver nos sapais e esteios em redor da minha cidade, onde se juntam para procurar alimento.
Fruto de todas estas mudanças, podemos assistir a quadros em que nunca pensámos, na meninice. Como ver um ninho de cegonhas ao nível do rés-do-chão.

2 comments:

joaopalmaf@gmail.com said...

É verdade, mudam-se os tempos mudam-se as vontades. Eu ainda tenho aqui em frente de casa um casal de cegonhas sobre uma chaminé, não sei até quando não fazem para aqui um arranha céus em cima do rio Arade
João da Palma

joaopalmaf@gmail.com said...

É verdade, as cegonhas têm os dias contados com tanto arranhacéus em cima delas aqui em portimão.
João da Palma